quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Arara Azul Grande

Ordem: Psittaciformes







Família: Psittacidae






Nome popular: Arara-azul-grande






Nome em inglês: Hyacinthine macaw






Nome científico: Anodorhynchus hyacinthinus






Distribuição geográfica: Centro-oeste, sul do Norte e Nordeste do Brasil.






Habitat: Buritizais, matas ciliares e cerrados adjacentes.






Hábitos alimentares: Sementes de acurí e bocaiúva.






Reprodução: Período de incubação de 28 a 30 dias, botando de 1 a 3 ovos de agosto a janeiro.






Período de vida: Em cativeiro aproximadamente 60 anos.






Situação atual: Ameaçada de extinção.





O Ibama acaba de criar um comitê de especialistas para cuidar especificamente dos assuntos relacionados à conservação e ao manejo da arara-azul-grande (Anodorhynchus hyacintinus). Até hoje, esta arara (foto) dividia com outra do mesmo gênero - a arara-azul-de-lear (Anodorhynchus leari) - um único comitê. A espécie, também conhecida como arara-una, está ameaçada de extinção e deverá constar da nova lista vermelha do Ibama na categoria de vulnerável. Com um comitê exclusivo, a arara-azul-grande deverá receber mais atenção das instituições envolvidas no manejo e conservação da espécie.







Além do Ibama, que coordenará as ações do comitê, fazem parte do novo grupo a Sociedade de Zoológicos do Brasil (SZB) e a Sociedade Brasileira de Ornitologia (SBO). Entre os especialistas que discutirão as diretrizes para a arara-azul-grande, estão os biólogos Neiva Guedes ? coordenadora do Programa Arara-Azul, Yara de Melo Barros, do Ibama, Ricardo Bonfim Machado, da Conservation International e o ornitólogo Pedro Scherer Neto, do Museu Capão da Imbuia.






O comitê, de caráter consultivo, terá como uma das principais atribuições o estabelecimento de estratégias para estudo, manejo e conservação da arara-azul-grande com o objetivo de alcançar o estabelecimento de populações geneticamente viáveis da espécie. A meta é evitar que a arara atinja o mesmo grau de ameaça que já levou ao desaparecimento da natureza a ararinha-azul (Cyanopsitta spiixi) e reduziu a população de araras-azuis-de-lear (Anodorhynchus leari) a cerca de 400 indivíduos em estado selvagem.






A arara-azul grande se destaca pela sua beleza e por ser o maior dos psitacídeos (papagaios, periquitos, araras, maritacas, etc) existentes, chegando a medir um metro da ponta do bico à ponta da cauda, com peso de 1,3 kg.






Prioridades



A arara-azul-grande se tornou símbolo do Pantanal matrogrossense, graças, sobretudo, ao trabalho desenvolvido nos últimos anos pela equipe da bióloga Neiva Guedes, do Projeto Arara-Azul, que conseguiu reverter a trajetória de ameaça de extinção em que a ave se encontrava. Além dessa região, a arara-azul-grande também pode pode ser localizada nos estados de Tocantins, Pará, Maranhão e região norte da Bahia.






Todavia, a única população sobre a qual se tem maior conhecimento e controle é a que habita o Pantanal. Nas demais regiões de ocorrência da ave, o levantamento sobre as populações, bem como as pesquisas seus hábitos e sua ecologia estão apenas no começo. Os projetos de conservação para as araras dessa espécie nas respectivas regiões deverão ser uma das discussões mais imediatas do comitê.






Além disso, é preciso saber exatamente quantas aves dessa espécie estão em poder dos criadouros científicos e conservacionistas, para que se estabeleça uma política de manejo dessas aves em cativeiro. Assim como ocorre para outras espécies ameaçadas, a população cativa representa um patrimônio importante para pesquisas genéticas, de comportamento e mesmo para programas de reintroduções na natureza.






 


ovos e filhotes



No período reprodutivo todos os ovos e filhotes encontrados são acompanhados, desde a postura do ovo até o filhote sair do ninho, voando. Em algumas situações, ovos e filhotes podem ser medidos e pesados para verificação se a taxa de crescimento e evolução está normal. Antes de voar, todos os filhotes recebem anilha e microship para identificação e têm material biológico (exemplo: sangue, fezes) coletado para: determinação de sexagem, análise da variabilidade genética e outros materiais para avaliação da sanidade das aves.







Todos os dados coletados são registrados em ficha de monitoramento de filhotes, contendo: data, horário, número do ninho, dados referentes ao filhote entre outros que serviram para determinar taxa de natalidade das araras. Na época de coleta e marcação dos filhotes a equipe do Projeto geralmente é acompanhada por veterinários que realizam estudos de sanidade das aves.




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